E se um antepassado tiver nomes diferentes ao longo da vida?
Em algum momento nas suas buscas pelos antepassados você vai precisar lidar com uma pessoa que seja identificada de formas diferentes ao longo da vida. Um nome no batismo, outro no nascimento, outro no casamento e assim por diante. E nem digo de sobrenome, digo de nome mesmo.
Eu tenho um exemplo bem claro disso na minha família e que chegou a me deixar com dúvidas. Afinal, como sempre digo, é preciso confirmar em fontes diferentes de que se trata da mesma pessoa para avançar na árvore genealógica.
O resumo da ópera é simples. Meu bisavô “teve” três nomes diferentes ao longo da vida: Rodão, Roldão e Roldano. Pelo menos não são tão distintos assim.
Não conheci meu bisavô, mas sempre ouvi que era Roldano. Na certidão de casamento com minha bisavó Emília, está lá, Roldano Ribeiro. No documento de óbito, a mesma coisa, Roldano.
Quando fui avançando nas pesquisas desse ramo, não encontrei Roldano algum. Encontrei irmãos dele em virtude dos mesmos pais, mas dele, nada.
Um dia cheguei até o batismo do Roldano, na paróquia Divino Espírito Santo, de Bauru. Havia ali um certo Rodão, batizado em 4 de abril de 1904 e que havia nascido em 29 de fevereiro do mesmo ano. Os pais eram os mesmos.
Na hora imaginei que poderia ser, mas a data de nascimento não batia com aquela que estava na certidão de nascimento. Ele teria nascido em 1902 e não em 1904.
Faltava, então, confirmar que se tratava da mesma pessoa.
Infelizmente não encontrei o registro de nascimento dele em cartório, até hoje não encontrei. Mas a resposta veio com a certidão de casamento dos pais dele. Por sorte, digamos assim, eles se casaram no cartório após o nascimento dos dois primeiros filhos.
E no documento de 19 de janeiro de 1907 constava que o casal tinha dois filhos, sendo um deles chamado Roldão, com “cerca de dois anos de idade”. Essa estimativa de idade se aproxima do documento de batismo.
Mas como eu trato os nomes na árvore genealógica? Eu uso o nome mais usado ao longo da vida, no caso, Roldano. Sempre com a observação das variações.
O problema disso tudo é que nunca vou descobrir a razão dessas mudanças, se é que de fato foram mudanças. Pode ter sido simplesmente dificuldade de compreensão do vigário e do cartorário, que optaram por Rodão e Roldão. Ou foi depois quando o cartorário ouviu Roldão e assumiu ser Roldano. Ou quem sabe o Roldão não gostava desse nome e decidiu que seria Roldano a partir de determinado ponto. Vai saber.
Giulliane Cunha
Olá! Tenho pesquisado minha árvore genealógica e encontrei diversos casos assim. Um deles é da minha trisavó que em registros dos filhos está escrito “Risoleta”, mas na certidão do 1º casamento, ela assinou como “Rizzoleta” e o escrivão escreveu o nome dela diferente, “Rosaleta” ou “Rosalita”. Fora os nomes compostos que perdem o segundo nome também.
Marcos Tavares
Tenho um Bisavô que nasceu Odilão e no decorrer da vida, virou Odilon, porém ele em determinado momento teve que retificar seu nome perante um juiz, e depois teve o trabalho de ir nos cartórios mudar os registros antigos, mas só mudou alguns. E no registro do pai dele, que eu não achava de jeito nenhum, percebi que havia um registro com mesmo nome, nome dos pais e avós, mas o sobrenome principal era outro bem parecido, difícil assumir tratar-se da mesma pessoa, enfim acredito que o vigário errou mesmo ou alguém disse Monteiro ao invés de Matoso.