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Chegar ao fim da linha na árvore genealógica é inevitável

Em algum momento durante a busca pelos antepassados vamos chegar ao fim da linha na árvore genealógica. É inevitável. Simplesmente não dá para avançar. É frustrante, mas temos que saber lidar.

Existem dois tipos de fim de linha, na verdade. Um é aquele que você não consegue avançar por falta de comprovação, de documentos. Estes talvez existam, mas não há como acessá-los. O outro, o mais triste, é o que não há meios para seguir adiante. Nem os documentos resolvem.

Meu primeiro fim de linha legítimo, daquele que não há como avançar, veio recentemente. Nas minhas buscas na cidade de Melissa, na região de Catanzaro, na Itália, deparei-me com essa situação.

Minha pentavó Mariangela Azzaro casou com Nicola Filippelli em 16 de maio de 1845. No registro de matrimônio dos dois, consta apenas o nome da mãe dela, Vittoria Azzaro. No espaço onde deveria aparecer o pai, apenas linhas para preencher o vazio.

Retornando no tempo, encontrei o registro de nascimento da Mariangela. Pensei que ali poderia constar o nome do pai. Da mesma forma, sem informações dele. No lugar onde deveria estar o nome dele, está a senhora que foi fazer o registro da criança. Com 70 anos, Caterina Russo, era ostatrica, ou seja, parteira.

Documento de casamento que não consta o nome do pai de Mariangela Azzaro (Reprodução)

Documento de casamento que não consta o nome do pai de Mariangela Azzaro (Reprodução)

Isso significa, muito provavelmente, que a Mariangela foi fruto de um relacionamento ilegítimo para a época. Talvez o pai dela fosse casado com outra mulher. Tanto que ela levou o sobrenome Azzaro, da mãe. O normal seria carregar o sobrenome do pai, mas nesse caso, não foi o que ocorreu.

Sem o nome do pai, não há como retroceder na árvore genealógica. Logo, depois de seis gerações acima de mim, fica apenas uma lacuna. Sem chance de chegar à sétima geração nesse ramo. Paciência.

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