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Dê um tempo: estratégia para destravar a árvore genealógica

Quem está há bastante tempo pesquisando a história da família, sabe que em algum momento passará pela aquela situação chata de não conseguir mais avançar na árvore genealógica. Em várias ocasiões, é de fato hora de decretar fim da linha, principalmente quando não há mais documentos disponíveis para pesquisa. Mas nem sempre precisa ser assim. Um descanso, um distanciamento, uma limpeza na mente, tudo isso pode ajudar a recuperar energia e retornar àquele ramo parado. É uma estratégia.

Quando estamos pesquisando um determinado ramo da família, toda a concentração e energia vão para lá. E torna-se quase uma obsessão conseguir mais informações. Só que a frustração muitas vezes aparece. E ficar tentando e tentando e batendo na mesma tecla pode tirar você do rumo e levá-lo para lugares onde não estão as informações que precisa. Torna-se praticamente uma cegueira temporária. O que você precisa está ali, mas não consegue enxergar.

Por isso é importante dar um tempo. É salutar dar um tempo, especialmente quando já está há muitas horas, dias e meses focados naquilo. Tirar aquilo da cabeça é importante. Os vícios vão embora, os caminhos errados são esquecidos e as energias se renovam para novamente tentar.

Quando parar?

Na pesquisa genealógica acontece muito. Eu mesmo passei por isso em vários momentos. Após não conseguir avançar em algum ramo, tiro um descanso. Meses depois olho com cuidado para a árvore genealógica, identifico ramos que podem ser estudados e retorno com força toda e com a cabeça limpa. Essa estratégia tem se mostrado muito eficiente. Vários ramos que tinha travado foram destravados depois de um tempo de afastamento.

Recentemente consegui avançar em um dos ramos do meu lado paterno na Espanha. Retomei as pesquisas dos expedientes matrimoniais da província de Granada, elaborei novas estratégias de busca, ampliei as questões de sobrenomes, coloquei irmãos e irmãs de antepassados na jogada, e pronto, consegui avançar tremendamente. Percebi que minha insistência anterior havia sido prejudicial.

Por isso que agora esse afastamento tornou-se uma estratégia nas minhas pesquisas genealógicas. Quando percebo que estou gastando tempo sem sucesso, dou por encerrada temporariamente essa parte da pesquisa, e sigo para outros ramos. Depois, sejam dias, meses e até mesmo anos depois, quando percebo que é possível avançar, retomo as buscas.

Essa questão é tão importante que muitas vezes nem percebemos. É que pesquisar a história da família não é algo que fazemos em um mês ou um ano. São centenas e centenas de horas, são meses, anos. Conseguimos sim avançar rapidamente em alguns casos, mas a construção da árvore genealógica é um processo lento e sem fim. Por isso a paciência é importante. Tudo tem seu tempo, inclusive a história da sua família.

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